quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Ad tempus


Ad tempus

Foi secretamente aquele
que em festa eu recebia
(por dentro da letargia do sono de mim).

Eu tinha apenas os olhos
admirados do amanhecer
algures junto a um rio.

Fosse a minha água, a minha aurora
e já eu estaria pronta
ao saudar da manhã.

Eu tinha apenas o medo
de olhos fechados
à beira do vazio.

Foi então o que trazia
a cálida luz e a treva
a mágica pergunta.

Fosse também a chama
o aconchego e a casa,
linho suave e pão.

Fosse ainda assim aquele que não era
seria ainda assim a vida
que devagarinho nascia comigo.

Agora cada passo
é uma viagem à beira do tempo, e aqui
renasce uma criança ao cabo do que sou.

3 comentários:

  1. Esta apresentação está muito bonita. Desejo as maiores felicidades para este teu blog.
    Um grande beijo

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  2. aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii kem me dera saber escrever assim:(

    Ta lindoooooooooooooooooooooo amei:))

    beijokas

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  3. Muitos Parabéns Di, foi um enorme prazer descobrir o teu "espaço" poético.

    Gostei muito do que li, prometo voltar mais vezes. Continua, pois a tua narrativa é cativante e envolvente, quente e harmoniosa!

    Parabéns mais uma vez e muitos beijos!

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