sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Era Ela-menina e brincava de moça...



Era Ela-menina e brincava de moça, os seios nascendo; era Ela-moça e sorria sonhando Ela-mulher, as mãos em seus seios, as mãos no seu ventre, os dedos esguios descendo ao seu sexo; era Ela-sózinha com gestos de brisa percorrendo-se a si. Ela ensaiando os gestos dele, a boca gemendo, as costas arqueando, as mãos se torcendo, as pernas se abrindo.


No quente do sexo lateja a sua flor, Ela pulsa e contorce-se, a mão se afundando, movendo compassada, primeiro lenta, depois aceleradamente. A respiração entrecortada mistura-se com a respiração adivinhada dele, as pernas enlaçam-lhe a mão molhada de desejo, sente-o se afundando, senhor em si. Pensa-lhe o corpo e beija-o, a língua molhada que lhe lambe a boca, lhe desce pelo peito ao âmago delicioso das suas pernas detém-se por fim no sexo duro que abocanha sôfrega, com deleite e prazer. As mãos dela excitam-no, que caminhos percorrem agora aqueles dedos pensando nele?


Os dedos dela são viajantes experientes, conhecem-lhe os segredos, penetram longamente para voltarem à luz molhados e quentes. Ela mete-os na boca e rodeia-os com os lábios, assim faria a Ele, contornaria depois o perímetro do seu sexo até que ele imperioso a tomasse, como égua se dando, ou como mulher-menina. A rosa dela está agora palpitante, que Ele derrame seu sémen sobre a rosa, que o dê à sede dela cujos lábios os esperam. Cujos muitos lábios o esperam.

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